Festival 2018

Desfile de percussão

DE MÚSICA DE SETÚBAL


Músicos conceituados juntaram-se a formações profissionais e amadoras para, entre os dias 24 e 27, proporcionarem o Festival de Música de Setúbal 2018, com eventos em diversos locais do concelho, para os mais distintos públicos.

“Home” foi o tema da oitava edição do certame, organizado pela A7M – Associação Festival de Música de Setúbal, com financiamento de Câmara Municipal de Setúbal, The Helen Hamlyn Trust, Fundação Calouste Gulbenkian e Caetano Sport, apoio da Antena 1 e 2 e parceria hotelaria de Solaris Hotel e Mar e Sol.

Nesta “casa” estiveram artistas e formações com reconhecimento nacional e internacional, como Maria João, Celina da Piedade, João Gil, Merit Ariane e o Coro Ricercare, envolvidos em espetáculos com a comunidade local, incluindo grupos amadores e pessoas com necessidades especiais, no âmbito do espírito inclusivo do certame.

Maria João, uma das vozes mais conceituadas do jazz, atuou no dia 27, no Fórum Municipal Luísa Todi, com o Ensemble Juvenil de Setúbal, grupo que iniciou a carreira em 2014 e já deixou uma marca no país e no estrangeiro. O espetáculo “Tudo Começa em Casa”, de fecho do festival, foi dirigido por Rui Borges Maia.

Como salientou a presidente do município, Maria das Dores Meira, no jantar de encerramento, na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, este é um certame em que “muitos jovens têm a possibilidade de, pela música, encontrar novas formas de expressão, momentos de partilha e, simultaneamente, adquirir conhecimentos artísticos que, de outra forma, não estariam ao seu alcance”.

Essa demonstração da participação juvenil ocorreu no dia 25 quando cerca de quinhentas crianças e jovens desfilaram “Ao Ritmo da Vida”, na Avenida Luísa Todi, num evento centrado nas percussões que já é uma tradição no Festival de Música de Setúbal.

A parada musical começou com um megaconcerto sobre o tema “Home”, no Auditório José Afonso, em que alunos de vários níveis de ensino e utentes de instituições como a APPACDM de Setúbal, sob a batuta de Fernando Molina, exploraram ritmos a partir de instrumentos como voz e pauzinhos, baldes de tinta e garrafões de água vazios, latas de conserva e lápis.

O Fórum Luísa Todi vibrou com outras 250 crianças, de turmas de escolas do 1.º ciclo do ensino básico, que proporcionaram o espetáculo “O Nosso Lar”, no dia 27, do Projeto Escritas de Canções.

Com arranjos de Carlos Garcia, que apresentou igualmente a sua banda, o concerto mostrou canções inspiradas nos sentimentos próprios de partida e chegada proporcionados pelo tema “Home”.

Além deste evento e do concerto de encerramento da cantora de jazz Maria João, o Fórum Luísa Todi recebeu, na abertura, dia 24, o espetáculo “Em Casa”, protagonizado pela acordeonista Celina da Piedade, em que o músico e compositor João Gil participou como artista convidado.

Juntamente com este dois músicos consagrados a nível internacional estiveram o Grupo Coral Alentejano Os Amigos do Independente, o Coral Infantil de Setúbal e o grupo de percussão Sant’Iago Olodum.

A principal sala de espetáculos da cidade acolheu ainda, no dia 25, “Pátrias”, concerto de música erudita com um reportório de obras em que os autores se inspiraram na essência das suas pátrias.

A Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Camerata do Festival de Música de Setúbal e as orquestras dos conservatórios regionais de Setúbal e de Palmela protagonizaram este concerto, com direção de Nuno Coelho, vencedor do Prémio Jovens Músicos 2016.

A cantora e compositora alemã-egípcia Merit Ariane foi outros dos nomes de relevo na oitava edição do certame, participando em dois eventos.

No dia 25, na Casa d’Avenida, apresentou “Merit Ariane’s Birdsong”, com a sua banda composta por músicos de diversas nacionalidades, inspirado no canto dos pássaros, com voz, flautas coreana e árabe, piano e percussão.

Na manhã seguinte, esteve no Moinho de Maré da Mourisca para três sessões de canções associadas às migrações de pássaros, evento intitulado “Ninho”, no qual participaram ainda o IncEnsemble, a APPACDM e o Conservatório Regional de Setúbal.

O Palácio da Bacalhôa, outro espaço com interesse patrimonial e envolvente paisagística, localizado em Vila Fresca, também recebeu uma iniciativa. “Música para um Palácio” proporcionou, no dia 26, ensembles do Conservatório Regional de Palmela.

As igrejas foram, como vem sendo hábito, palco de eventos, com o objetivo de fazer chegar o certame a diversos e distintos locais do concelho, para abranger todos os públicos.

A Igreja de São Simão, em Azeitão, proporcionou, no dia 26, “Em Casa e Fora Dela”, com a Camerata do Festival de Música de Setúbal a interpretar obras com dedicatória criadas por Mozart e Luís Tinoco, num concerto dirigido por Nuno Coelho, com Ana Sofia Vilares na flauta.

Já a Igreja de São Julião, no centro de Setúbal, abriu as portas para “Vem Visitar-nos em Paz”, no dia 27, em que o Coro Ricercare, com coro e percussão do Conservatório Regional de Setúbal, apresentou, sob direção de Pedro Teixeira, um programa de obras sacras de alguns dos mais relevantes compositores da atualidade.

Também o Convento de São Paulo, património alvo de requalificação recente, fez parte do roteiro desta edição do festival, com “Setúbal (Con)Vida”, dia 25, evento artístico a cargo da Academia de Música e Belas-Artes Luísa Todi, do grupo de teatro Nunca É Tarde Para Sonhar, da cantora Patrícia Rosa e da acordeonista Nicole Viviana.

A música saiu à rua em diversas iniciativas, uma delas “De Casa Para Casa”, realizada no dia 26, em largos da Baixa da cidade, com atuações de grupos representativos das comunidades imigrantes existentes em Setúbal.

Os efeitos benéficos da música na saúde também estiveram em evidências em dois encontros, com especialistas portugueses e estrangeiros, no Instituto Politécnico de Setúbal e na Casa d’Avenida.

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 e primeiros eventos


Cerca de quinhentas crianças e jovens levaram ritmos de percussão à Avenida Luísa Todi, esta manhã, no tradicional desfile escolar do Festival de Música de Setúbal, certame a decorrer em vários espaços da cidade até domingo.

A parada musical começou com um grande concerto sobre o tema “Home”, no Auditório José Afonso, em que alunos de vários níveis de ensino e utentes de instituições como a APPACDM de Setúbal exploraram ritmos a partir de instrumentos tão simples como a voz e pauzinhos, baldes de tinta e garrafões de água vazios, latas de conserva e lápis.

“Hoje, está aqui instalada a casa da percussão, a casa do ritmo. Temos peças com diferentes sonoridades preparadas pelas instituições especialmente para este encontro,
todas inspiradas na sua casa, na sua cidade e no mundo, que é a casa de todos nós”, sublinhou Fernando Molina, músico profissional que coordena o megadesfile musical.

Com base no tema central do festival, “Home”, os grupos participantes decidiram temas e formas de atuação, cabendo, a cada um, pequenas atuações individuais antes da performance conjunta conduzida por Fernando Molina.

A casa do fado, a casa dos tamborzinhos, a casa dos ritmos brasileiros e a casa da percussão clássica são exemplos de peças trabalhadas individualmente pelas instituições de ensino e que, esta manhã, se encontraram pela primeira vez para uma atuação conjunta.

“Estou a trabalhar com eles desde janeiro. Visitei todas as instituições, ajudando-os a preparar os seus trabalhos e hoje aqui estamos todos juntos, sem ensaios, sem rede. Vamos ver como corre”, congratulou-se Fernando Molina, antes de dar ordem à APPACDM de Setúbal para iniciar a atuação.

Primeiro, cada grupo atuou individualmente. Depois, seguiu-se o grande momento do espetáculo conjunto.

“Vou fazer duas perguntas. O que é que Setúbal tem? O que é que Setúbal tem?”, atirou Fernando Molina para as quinhentas crianças e jovens que encheram o Auditório José Afonso.

A resposta vem logo de seguida, numa música cantada em uníssono que serviu d mote para iniciar o espetáculo.

“Setúbal, Setúbal tem um festival / Há música no ar / Vamos todos festejar. / Setúbal, Setúbal tem um festival / Há música no ar / Vamos todos bem tocar!”

Depois da canção, Fernando Molina deu a ordem que todos aguardavam. “Toca a agarrar nos instrumentos! Vamos fazer-nos ouvir do outro lado do rio. Força!”

Antes de seguirem para o desfile até ao Fórum Municipal Luísa Todi, acompanhado pelo Executivo municipal, liderado pela presidente, Maria das Dores Meira, por Helen Hamlyn, da fundação financiadora do festival, e pelo diretor artístico Ian Ritchie, ainda há tempo para ouvir três peças tocadas pelo grupo de percussão do Conservatório Regional de Setúbal.

Para a presidente da autarquia, o espetáculo dinamizado pela comunidade escolar no Auditório José Afonso “está cada vez mais aprimorado”, pois “há uma consciência cada vez maior por parte dos professores para integrarem os alunos com mais cuidado e responsabilidade perante a arte”.

A manhã musical dedicada à comunidade escolar é sempre, desde a primeira edição do festival, em 2011, um dos pontos altos na programação do certame, organizado pela A7M – Associação do Festival de Música de Setúbal, com financiamento pela Câmara Municipal de Setúbal, pela The Helen Hamlyn Trust, pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Caetano Sport, com o apoio da Antena 1 e 2 e a parceria hotelaria de Solaris Hotel e Mar e Sol.

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