ENSEMBLE JUVENIL DE SETÚBAL

Principais parceiros do projeto

Câmara Municipal de Setúbal

PARTIS - Práticas Artísticas para Inclusão Social, Fundação Calouste Gulbenkian

BPI Capacitar, BPI e Fundação La Caixa

The Helen Hamlyn Trust

Através do Festival anual de Música de Setúbal, a A7M tem vindo a trabalhar desde 2011 a inclusão pela música junto da população de Setúbal.

O Ensemble Juvenil de Setúbal, nascido no fim de 2014, herdou as mesmas características de inclusão social do Festival. Esta pequena “orquestra” reflete a realidade da atividade musical da comunidade local e, por isso, inclui na sua formação, os percussionistas de tradição africana/latino-americana (20% da população originária de ex-colónias portuguesas), os instrumentistas clássicos, os músicos de jazz e os jovens com necessidades especiais, que estão agora a desenvolver as suas capacidades musicais com recurso a tecnologia de apoio.

Importante, também, é o facto deste Ensemble proporcionar trabalho regular a jovens compositores, tal como as orquestras sempre fizeram no passado, uma vez que é necessário criar um repertório com obras especialmente compostas ou arranjadas para este formato único de democracia musical.

O Ensemble Juvenil de Setúbal, é conduzido por Alberto Jorge Lopes Araújo

Alberto Araújo (Portugal, 1996) iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Guimarães em Piano e Formação Musical. Em 2016 licenciou-se se Direção Coral e Formação Musical na Escola Superior de Música de Lisboa. Em 2015 estudou no Kodály Institute of the Liszt Academy of Music, em Kecskemét, Hungria, ao abrigo do programa Erasmus, regressando em 2017 para fazer o diploma em Advanced Choral Conducting com o professor Péter Erdei.
Leccionou em 2018 Coro, Formação Musical e Iniciação Musical na Academia Musical dos Amigos das Crianças. Durante o ano de 2019 assumiu o cargo de Music Assistant na St. Julian’s School. Entre 2019 e 2022 leccionou Formação Musical e Iniciação Musical na Academia de Música do Colégio de S. Tomás
Como maestro, foi diretor de coro dos Pequenos Cantores de S. Tomás de Aquino no ano de 2018 e colaborou com o Eborae Música, Coro Regina Coeli, Coral Vozes do Estoril e o Grupo Coral de Queluz. Dirigiu e esteve envolvido na fundação dos “Semínimos”, coro infantil sediado em Mafra.
Foi membro do World Youth Choir e do Tenso European Chamber Choir em 2017. Cantou também com o Coro Sacro de Lisboa, Coro Ricercare, Nova Era Vocal Ensemble, Jazz Cantat e o Új Liszt Ferenc Kamarakórus (Hungria), assim como variados ensembles em Guimarães, Braga, Lisboa e Kecskemét. Mais recentemente foi membro do EuroChoir em 2021 e 2022 e da Academia Coral de Lübeck (2022, Alemanha)
Teve a oportunidade de trabalhar com vários diretores corais (Josep Vila i Casañas, Bernie Sherlock, Yuval Weinberg, Marco Amherd, Daniel Reuss, Paulo Lourenço, Vasco Azevedo, Pedro Teixeira, Zoltán Pad, László Norbert Nemes, Arpád Tóth, Ken Wakia, Simon Carrington, Elisenda Carrasco, entre outros) com diferentes estilos e filosofias que o fez tão interessado em dinâmicas de ensaio e performativas no contexto coral.
Frequenta atualmente o Mestrado em Formação Musical na Escola Superior de Música de Lisboa. Lecciona Formação Musical e Iniciação Musical na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Academia Vocal Lisboa Cantat. Lecciona também Jardim Musical e Coro na Academia de Música dos Amigos das Crianças. É um dos formadores do projecto “Música nas Escolas” organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian (2018 e 2019) e é artista/animador do Programa Mus-e, orientado pela Associação Yehudi Menuhin Portugal.
É director do Lisbon Community Choir e maestro adjunto dos Coros da Associação Musical Lisboa Cantat (Coro sinfónico, coro de câmara e coro infantil. Faz parte também da equipa de directores corais envolvidos na preparação do coro das Jornadas Mundiais da Juventude 2023.

Na área da direção estudou com diversos maestros, tendo frequentado vários masterclass’s com professores nacionais e internacionais. Entre eles: Henrique Piloto, José Brito, José Ignácio Petit e Felix Hauswirth, Paulo Martins, Johan de Meij, Linda Moorhouse, Mark Heron, George Matthew, Alberto Roque, Jean-Sébastien Béreau, Jean-Marc Burfin, Emilio Pomàrico e Colin Metter. Trabalhou ainda com Jacob de Haan, José Pascual Villaplana, Raymond Holden, Ed de Boer – que compõe com o pseudónimo de Alexander Comitas.

Participou na Conferência Mundial da World Association for Symphonic Bands and Ensembles (WASBE) que teve lugar em Buñol, Espanha, no mês de julho de 2019, associação da qual é membro. Neste mesmo âmbito, foi escolhido para um painel internacional de 12 jovens maestros que tiveram a oportunidade de trabalhar com uns dos mais conceituados maestros a nível internacional num masterclass que ocorreu durante o evento.

Licenciou-se pela Escola Superior de Educação de Setúbal em Educação Musical e em Direção de Orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra, sob a orientação de Jean-Marc Burfin. Leciona na Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo em Linda-a-Velha e na Escola Diocesana de Música Sacra do Patriarcado de Lisboa, onde é igualmente coordenador pedagógico. Atualmente é Maestro da Banda Musical e Artística da Charneca, Lisboa e do Ensemble Juvenil de Setúbal.

Encontra-se de momento a frequentar o mestrado em direção de sopros no Koninklijk Conservatorium Den Haag – Conservatório Real de Haia, Holanda – na classe do renomeado professor Alex Schillings.


Este é um projeto único e inovador, mas a filosofia e a metodologia podem ser igualmente adotadas e adaptadas por comunidades locais em qualquer parte do mundo. Estamos orgulhosos de que Setúbal seja a casa da primeira ‘orquestra’ que realmente se liberta de barreiras culturais e sociais – as quais muitas vezes se interpõem entre pessoas de diferentes origens e entre músicas de diferentes géneros – na busca da qualidade artística, bem como da igualdade

IAN RITCHIE
Cocriador do projeto


O Ensemble Juvenil de Setúbal destina-se a jovens que desejam desenvolver a sua prática musical a um nível mais elevado, incluindo aspirações profissionais na área.

Faixa etária

A faixa etária base para os elementos deste ensemble é dos 15 aos 25 anos. No entanto, estes limites são flexíveis, para permitir a inclusão de elementos mais jovens que demonstrem especial interesse em fazer parte do ensemble, ou mesmo de pessoas com mais idade, como é o caso de algumas com necessidades especiais que podem ter muito a ganhar e a oferecer a este projeto.

Instrumentação/Naipes

A constituição do Ensemble integra os seguintes instrumentos:
– Sopros (flauta transversal, oboé, clarinete, fagote, saxofone, trompa, trompete, trombone, tuba)
– Cordas (violino, viola, violoncelo, contrabaixo, guitarra)
– Eletrónicos (guitarra, baixo, teclado, skoog)
– Percussão (clássica, étnica, tradicional)

Recrutamento

A seleção dos elementos do Ensemble é feita através de audição digital (colocar link para documento de inscrição). O processo de candidatura, embora bastante acessível, requer sempre que possível a indicação ou aconselhamento dos professores e das instituições que trabalham com os jovens músicos. Os candidatos selecionados terão um primeiro período experimental no Ensemble, de quatro semanas, no qual deverão demonstrar o envolvimento e compromisso musical e social necessário ao bom funcionamento do grupo. A entrevista presencial do candidato será uma importante parte do processo de audição.

Repertório

A constituição musical única deste ensemble, representando a democracia social da comunidade onde surge, justifica a criação de novo repertório. Foram estabelecidos contactos com a Escola Superior de Música de Lisboa, no sentido de alunos e ex-alunos da área de composição participarem neste desafio musical único, compondo especialmente para este Ensemble. Ao mesmo tempo, em cada ano temos a visita de um compositor ligado aos programas de composição da London Symphony Orchestra para criar uma obra original. Há ainda espaço para novos arranjos de músicas com as quais os jovens intérpretes e o público já estão familiarizados, em versões adaptadas ao Ensemble. São também interpretados pequenos solos e peças de grupo, intercalando as grandes obras. Os próprios jovens têm a possibilidade de criar novas obras através de um processo de workshop. Por fim, há igualmente espaço para a improvisação do grupo.

Ensaios

Os ensaios acontecem semanalmente, ao sábado entre as 15h e as 17h e excecionalmente entre as 15h e as 18h no Auditório José Afonso, na Avenida Luísa Todi. Os ensaios podem ser de naipe ou tutti consoante a necessidade do Ensemble.


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